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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Chupim e o Anum Branco... e o parasitismo social brasileiro.

Para quem não conhece de pássaros, o Chupim é preto que chega a refletir um tom azulado graxoso ao sol. E o Anum Branco cinza claro, como o próprio nome diz, é quase branco... Ouvi outro dia a história de um pássaro chamado Chupim. O Chupim é um pássaro insetívoro, e que nunca choca seus próprios ovos. Ele busca e acha ninhos de outras aves, muitas vezes muito menores que ele próprio, despeja ou come os ovos que acha lá e coloca lá um único ovo seu. Quando os pássaros chocam e nasce o passarão, alimentam-no como se fosse descendência própria. Trabalham incessantemente para alimentar um pássaro tão grande e tão esfomeado, à custa de grandes esforços e de sacrifícios dispendiosos...


O chupim é capaz de parasitismo social.Criar um filhote de Chupim em seu ninho representa um enorme prejuízo para os pais, uma vez que ao nascer, o Chupim lança todos os ovos e eventuais filhotes que já tenham nascido para fora do ninho, garantindo mordomia exclusiva. Para os "pais", a regra é simples, o que está dentro do ninho é meu e o que está fora não. Um grande prejuízo para o parasitado e uma grande vantagem para o parasita, mais uma vez terreno fértil para a corrida da vida.

Interessante que, exatamente quando escrevia esta história, ela aconteceu em nossa propriedade e também no quintal da casa da nossa secretária. Em frente à nossa propriedade, temos seis quiosques. Antes eram de maneira, mas foram refeitos e ampliados. As pilastras acompanham a mesma arquitetura do prédio e foram construídas com tijolinhos à vista. No lugar da madeira para suporte das telhas foram usadas treliças de metal. Mesmo assim, vários pássaros decidiram fazer seus ninhos usando este espaço. Pois bem, um casal de anum branco procurou um lugar bem estratégico e também fez o seu ninho na entrada, próximo ao portão principal.

Um dia ao chegar, reparei que havia cascas de ovos no chão. Pensei com meus botões: - Pobre passarinho, nem bem estreou o ninho, já perdeu seus ovos... Passaram-se os dias e esqueci-me do incidente.

Semanas depois, algo no mínimo irônico aconteceu. E todos nós que estávamos na secretaria rimos muito, muito mesmo. Saltitando e dando pequenos vôos para cá e para lá estavam a mãe e o pai anum e o filhote mais esquisito da paróquia: um chupim. Por mais que os pais se esmerassem em buscar pequenos insetos, enfim, em encher-lhe o bico de comida, o filhote impostor, além de ser ingrato e muito mal educado, era totalmente insatisfeito. Por várias vezes o vi bicando a cara da mãe demonstrando insatisfação no alimento dado. Por muitos dias escutamos os sons diferentes dos pais e do filho mais esquisito do mundo em nosso jardim.

O mais interessante disto tudo é que, os pais chupins não apareceram. Tão sutis quanto foram em derrubar os ovos dos anuns, em botar seus ovos no lugar dos outros verdadeiros, desta vez foram além da sutileza, tornaram-se invisíveis. Enquanto isso, o casal de anum branco trabalhava incansavelmente para cuidar do filhote chopim irrequieto, insatisfeito, incomodado e insuportável. É incrível você ver a inquietação dos anuns em tentar satisfazer esta criaturinha esquisita. Quem tem ouvidos ouça...

Pr. Mauro Clementino.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Fazendo a Diferença: Na vida podemos ser escultor ou escultura.

Fazendo a Diferença: Na vida podemos ser escultor ou escultura.

Fazer a diferença é dar aquela contribuição única, no momento certo, que gera os resultados esperados.

Em uma reunião de negociação, as pessoas caminham para um impasse. As condições oferecidas pelos compradores são inaceitáveis pelos vendedores, que vão perder dinheiro no curto prazo. Naquele momento, você apresenta um argumento que compensa a pequena perda imediata, com ganhos substanciais no médio prazo. Fica claro que aquela é a melhor solução para todos. A negociação entra num estágio de "ganha – ganha" e logo o contrato está assinado. Naquele momento, sua iniciativa e visão ampliada fizeram a diferença.

Num trabalho comunitário, por exemplo, servindo refeições, a fila está enorme, as pessoas estão reclamando, os que servem estão desorganizados e perdidos. Aí entra você e com poucas palavras e muita competência, encoraja os colaboradores e rapidamente organiza tudo, acabando com as filas e garantindo que cada um tenha sua refeição. Você causou encantamento. Naquele momento, só você tinha a competência para resolver aquela situação. Uma ação era necessária e você não se omitiu. Você disse as palavras de estímulo que incentivaram cada um a dar o melhor de si. Você orientou sobre quem faz o que e em que seqüência. Naquele momento você fez a diferença.

Quem não faz diferença passa despercebido, talvez não atrapalhe, mas com certeza não contribui. Quem não faz diferença é apenas um rosto oculto e enevoado no meio de uma multidão de desconhecidos.

No dia 04 de Outubro, dei uma olhada nos principais jornais do Brasil e do mundo. Estava deveras curioso sobre o que estavam dizendo sobre o resultado das eleições no Brasil. A uma só voz tanto a mídia brasileira quanto a internacional dizia: “Os cristãos evangélicos fizeram a diferença e levaram as eleições para o segundo turno”. Arrepiei-me da cabeça aos pés, muita embora estivesse esperando ansiosamente por isso.

Ontem, dia 07/10, ao ouvir o programa “Bom dia Brasil”, ouvi o candidato a vice-presidente, senhor Michel Temer, dizer textualmente as seguintes palavras: “A presidência é nossa, é nossa e vamos conquistá-la a qualquer custo. A Dilma fará a fachada (com o público) e nós faremos os bastidores. O que está em jogo é muito mais que partidos, é o poder pela direção do Brasil” O seu olhar era frio e profundo. Eu entendi muito bem o que ele quis dizer, principalmente no reio espiritual.

Você viu que imediatamente após as eleições a candidata a presidente já falou em visitar templos, e isso e aquilo. Não me admiro se ela aparecer sendo batizada, tomando ceia ou dando “tristemunhos” pelo Brasil afora. Estamos em plena era do vale tudo. Mais um motivo para mantermos nossa posição.

Tudo começou com um pronunciamento do Pastor Paschoal Piragini, na PIB de Curitiba-PR. Conheço pessoalmente o Pastor Paschoal, de sua índole e postura incontestáveis, e sei que ele sabia muito bem do que estava falando. A propósito, todos os 18 (dezoito) pastores da PIB de Curitiba receberam e leram “O Grito”. Colocando-me ombro a ombro com Pastor Paschoal, tomei postura semelhante aqui na Terceira Igreja também.

Paralelamente à minha postura final, eu já vinha fazendo a minha parte como profeta cidadão. Doei 300 (trezentos) livros para pequenos e médios empresários, 300 (trezentos) livros para os pastores batistas de todo o estado de Mato Grosso do Sul; e mais 160 (cento e sessenta) livros para estudantes de Medicina. E vou fazer ainda muito mais. E não é só no campo da informação e da influência que estou batalhando não. No campo espiritual, minha espada não cessa de guerrear dia e noite contra as hostes da maldade que não querem nosso país livre.

No primeiro turno mostramos que nossa voz e postura fizeram diferença mesmo. No segundo turno, reafirmaremos que não estamos aqui para brincadeira e nem para nos deixarmos enganar. Mudar de postura agora só para conquistar o nosso voto não é apenas um oportunismo eleitoreiro. É deficiência de caráter mesmo.

Em tempo: Não sei se você sabe, ma o clip do pastor Paschoal que foi visto e analisado por quase três milhões de pessoas foi censurado. Veja o que você lê ao tentar acessar o vídeo: “Segundo a sinalização da comunidade de usuários do YouTube, este vídeo ou grupo pode ter conteúdo impróprio para alguns usuários. Para visualizar este vídeo ou grupo, faça login ou inscreva-se para confirmar que você tem 18 anos ou mais”. Veja você, se ainda estamos na luta pelo segundo turno e a coisa já está assim, imagine depois?



Pr. Mauro Clementino.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

NÃO SEJA INÚTIL NA BATALHA

Martin Lloyd-Jones


Muitos de nós simplesmente seguem uma rotina, sem pensar, sem inteligência. Soa estranho dizer isso num período como este na história da Igreja Cristã, mas na Igreja há muitos que não têm idéia da razão pela qual estão ali, exceto pelo fato de que foram habituados a freqüentar os cultos. Não fosse isso, não estariam ali. Nunca pensaram nessas coisas o bastante para romper o hábito; seguem uma rotina.

Há pessoas que são sem entendimento, que não têm a mínima idéia do conflito espiritual, não têm a mínima idéia da crucial importância da Igreja Cristã numa hora como esta. Seguem o mesmo itinerário e fazem a mesmíssima coisa domingo após domingo, simplesmente como parte da rotina da vida. Entretanto lhes falta entendimento. E esse o tipo da coisa que o apóstolo tem em mente. Tais cristãos, é claro, já estão derrotados; são inúteis na batalha. Não têm valor nenhum no exército. Os cristãos ativos têm que carregá-los porque eles não conseguem mover-se; não estão prontos para alguma súbita mudança de tática. Eles são passageiros que temos que levar, e sempre são um grande empecilho para um exército. Eles têm sido um grande problema em toda a história das guerras.

Por outro lado, há também muitos que vivem em função das suas próprias atividades e que não têm ciência de que há um conflito espiritual. Para eles, o cristianismo é o que eles fazem. Isso faz parte do perigo de amoldar-se a um tipo. E triste ver pessoas que recentemente entraram na vida cristã dentro de um curto período de tempo repetindo frases e chavões. Não têm idéia do que significam; estão apenas imitando os outros; estão pegando o linguajar, as expressões e as atividades. E isso continua indefinidamente. Pode-se perceber que elas não estão vivamente conscientes da verdadeira situação.

Permita-me admitir com sinceridade que estas exigências estritas se aplicam a todas as partes da Igreja, tanto aos pregadores como aos membros e freqüentadores. Não há nada que eu saiba que seja tão completamente oposto ao que o apóstolo está ensinando aqui como o pregador profissional, o homem que adota certo maneirismo e certo tom de voz, o chamado tom de voz clerical, e todas as outras características da "veste" sacral. O profissional do púlpito é uma grande maldição. É um traidor no exército do Deus vivo! Os que procedem assim estão se amoldando a um modelo. Não estão tendo entendimento, e revelam uma incapacidade de entender o profundo caráter da vida cristã.

Todas essas coisas são apenas manifestações daquele "estar em paz” enquanto uma tremenda batalha está sendo travada. Um cristianismo respeitável ou formal num tempo como este é inútil. É por isso que a Igreja está decaindo e exibindo nada mais do que um cristianismo respeitável, "Moralidade com um toque de emoção", como Matthew Arnold o descreveu, sem nenhum valor. Falta entendimento espiritual. Não há nada daquela mobilidade e agilidade que são essenciais numa época como esta.

A Igreja atual tem muita semelhança com Davi vestido com a armadura de Saul. Golias desafia Israel com sua armadura, sua lança e sua espada; e Israel se abala e treme, e não sabe o que fazer. Todos estão morrendo de medo deste homem que matou tantos e se exibe indomável, forte e poderoso. Então Davi, jovem, simples pastor, chega ao acampamento israelita, e, movido pelo Espírito de Deus, apresenta-se para responder ao desafio de Golias. Saul e os seus companheiros, sem qualquer discernimento espiritual, dizem: "Ele parece convencido de que poderá fazê-lo; vamos buscar a armadura de Saul e colocá-la nele". Acreditavam que a única maneira pela qual alguém poderia pelejar com Golias era com a armadura de Saul. Por isso a colocaram nele.

Mas Davi percebeu logo que se fosse vestindo aquela armadura, seria morto. Mal podia mover-se, a armadura era pesada demais e grande demais para ele. E assim livrou-se dela. "Não vou conseguir lutar usando a armadura de Saul", disse ele; "tenho que usar o meu método de combate e, em nome do Deus vivo, é o que vou fazer." Ele queria ter mobilidade, e ser capaz de mover-se rapidamente e responder e reagir a cada movimento de Golias. Davi recusou-se a lutar usando a armadura de Saul. Não permitam que os seus amigos vistam você com a armadura de Saul. Tire a sua funda e as suas pedras, e use essas coisas enquanto neste mundo, para a glorificação do nome de Deus.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Falta de Memória Afetiva



Abrindo o Baú - O Resgate da Memória Afetiva (Capítulo 7 do livro O Grito)

Uma das menções mais comuns ao Brasil refere-se ao fato de não possuirmos memória. Povo sem memória, que possibilidades reais tem de superar as várias mazelas sociais, políticas e religiosas, a injusta distribuição de renda se não tem conhecimento de sua própria história, das raízes desses graves problemas que assolam o cotidiano, da forma como tentam debelar tais dificuldades ao longo do tempo, das atuações governamentais e suas repercussões, dos posicionamentos assumidos pela sociedade civil e da própria cultura nacional?

A discussão é longa e pode resultar em diversas ramificações. As pessoas têm opiniões diferentes e, por se tratar de um assunto extremamente delicado, talvez não se chegue a lugar nenhum.

Crimes absurdos que em questão de minutos se apagam e são esquecidos. Apenas quem sofreu a perda terá o que remoer pelo resto de suas vidas. Porém, no auge do fato, estavam todos, aparentemente, juntos e torcendo pela justiça.

Agora vêm as dúvidas: Será que temos memória curta? Será que só funcionamos quando a pressão é grande? Por que não continuamos aquilo que começamos? A questão aqui não é memória curta não, acho que todos se lembram do caso Daniela Perez e tudo que lhe aconteceu em Dezembro de 1992 .

Crime bárbaro, hediondo! O que acontece na verdade é uma sociedade que em sua maioria não pensa no coletivo e, quando não se pensa dessa forma, acabamos perdendo uma força incrível, um poder tremendo. O poder da ação conjunta.

Pena que a maioria das pessoas não sabe disso e nem se dêem conta do que são capazes, uma pena! Falta na verdade uma disciplina entre uma comunidade, um povo. E nós brasileiros não temos essa cultura. Por vezes pensamos: Ahhh, nossa, ainda bem que não foi comigo. Ainda bem que não foi com o meu filho...ledo engano, afinal, não sabemos do amanhã. As tragédias, as coisas ruins não acontecem só com o vizinho ou na telinha da TV. E coisas boas e ruins não acontecem só em novelas ou nos filmes. Aliás, eles são inspirados na realidade da própria vida. E é exatamente por isso que muitas vezes nos vemos nos filmes e nas novelas por eles retratam o nosso quotidiano.

Vivemos uma inversão de valores total e irrestrita. É o tempo da imagem. É o tempo do poder a qualquer preço. É o tempo do ter a qualquer custo. O que importa é a moeda, é o dinheiro, é o ouro. Não importa a que preço e nem como conseguir, o importante é ter. Cada cabeça uma sentença. Mas, as pessoas se expõem demais, como: ficar nua em revistas, prostituir-se aqui ou em outro país, participar de reality shows e passar por todo o tipo de situações, por vezes até vexatórias e humilhantes. E, muitas vezes, apoiados pelos pais e seus parentes que aparecem e dizem que seus filhos estão indo muito bem, que eles se sentem orgulhosos por estarem enjaulados e expostos pois a “causa é justa”.

Podemos lembrar o caso daquela moça nos EUA, que se prostituía e fez um político daquele país renunciar ao cargo. Mas, o melhor ainda está por vir: Voltou com fama para o Brasil, saindo até por um portão especial do aeroporto. Passou pelos programas de TV e quando aparecia na rua não falava quase nada. A explicação para isso, segundo ela, é porque senão ninguém pagaria por suas declarações. Mas uma “celebridade instantânea” que não tem nada a dizer. Nada a oferecer.

Pessoas que vivem de escândalo em escândalo como Britney Spears e Paris Hilton, tem, na maioria das vezes, os seguintes pensamentos: se dá dinheiro, então vamos lá! Se dá projeção, então vale a pena. Por que estas pessoas fazem isso? Porque têm certeza que têm público garantido. Tem gente que vive de esterco. Alimentam-se de estrume. A torcida pelo final feliz de Ferraço, personagem interpretado pelo ator Dalton Vigh, da novela Global “Duas Caras”, mostrou bem essa situação. Ele chegou onde chegou a qualquer preço, foi vendido a um homem que o “educou” assim. Se o otário existe não se deve ter pena porque ele (o otário) está ali esperando ser enganado. E o “esperto” aprendeu o como enganar. É simplesmente assim...e ele seguiu o que aprendeu.

Mas, voltando para a realidade, as pessoas que assistem só vêem o lado bom de toda a história. Porém, toda essa inversão de valores tem um preço a médio e longo prazo e, aqui, podemos voltar ao caso do Ferraço que acabou sendo julgado pelo seu filho, que teve uma educação dentro dos padrões da honestidade e dos valores corretos. Interessante que neste e em tanto outros episódios, a novela e a ficção estão praticamente nos obrigando a refletir sobre a vida.

É sem sombra de dúvida um preço muito alto a ser pago, psicologicamente falando. Infelizmente, nós conhecemos muito pouco tudo o que nos move e o que está no nosso inconsciente.

Muitas e muitas vezes nos defrontamos com perguntas a respeito da validade de se estudar a história, de se analisar os fatos históricos. Em várias delas a idéia da falta de memória como sendo um dos fatores de atraso de nossa sociedade foi recorrente.

A incapacidade de criarmos elementos de identidade nacional é decorrente dessa falha. As constantes repetições de erros nos processos e escolhas eleitorais é repercussão desse problema. O desvio de verbas e a corrupção endêmica em determinados setores públicos é sintoma dessa falta de informação ou de não processar esta informação de forma adequada. “Pensamos: Ah, deixa correr. Afinal, quem vai se preocupar com isso? Isso sempre foi assim. Não sou eu quem vai mudar essa situação...”

Os meninos de rua, as drogas que atingem nossa juventude, a cartolagem que destrói o futebol brasileiro, a epidemia de dengue, da gripe suína e muitas outras situações, de certa forma, poderiam (ou ainda podem) ter sido evitadas se olhássemos para trás, estudando nosso país e sua história.

É óbvio que uma prática como essa não seria suficiente para podermos resolver todas as questões nacionais mais prementes, mas que ajudaria, isso é muito claro.

A memória é formada pelas lembranças que estão na consciência. Nos primeiros anos de vida não existe uma memória contínua, como também não há uma consciência pronta, mas sim, pontos isolados. Podemos dizer que existe consciência quando a criança se refere, a si mesma, na primeira pessoa. Consequentemente, nesta fase, haverá uma continuidade da memória.

Para a formação da memória, a atenção é fundamental. Esta, por sua vez, pode ser mobilizada pelos afetos. Tendemos a prestar mais atenção nas coisas de maior interesse. Os assuntos que nos trazem prazer e satisfação são os que dispensaremos mais tempo em conhecê-los e compreende-los. Assim os afetos estão na base da formação da memória.

Nossos afetos vão se aglomerando em torno de um determinado núcleo que trazemos conosco ao nascer, que são os arquétipos. Toda vez que houver uma renovação da qualidade do afeto, através de nossas experiências, mais carga será depositada ao redor deste núcleo formando, desta maneira, os nossos complexos. Eles são os motores que impulsionam nossas vidas.

Uma memória afetiva pode se desenvolver a partir de uma percepção sensorial como um odor, um som, uma cor, desde que tal percepção esteja ligada a um momento afetivo importante.

O resgate da memória afetiva é fundamental no nosso processo de desenvolvimento psicológico, de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Quando resgatamos nossas memórias estamos trazendo com elas a possibilidade de revisar, compreender e digerir ou de vomitar determinadas situações que podem estar bloqueando nosso ir em frente. Podemos estar paralisados, sem perceber, em situações antigas que não foram bem resolvidas e entendidas.

Ao acessarmos nossos registros pessoais antigos ou nem tanto antigos temos a oportunidade de transformar idéias e pressupostos que hoje podem estar contendo nosso desenvolvimento e nos deixando até mesmo doentes. Podemos transformar atitudes negativas perante a vida em outras mais positivas, facilitando o nosso crescimento. O resgate da memória afetiva, quando bem orientada, trará a possibilidade de ampliarmos nossa consciência na medida em que integramos qualidades ao nosso mundo atual.

Ampliar a consciência é aumentar a visão sobre nós mesmos e sobre o mundo; é desatar os nós de energia que ficaram presos em situações passadas que nos impedem de ver a vida com verdadeiros olhos adultos; é aceitar o novo e o diferente; é corrigir pressupostos que perderam a razão de ser e a capacidade de nos orientar na vida adulta. Como também mostra a nossa capacidade de dizer não seja a quem for ou a que proposta for. Mostra nossa capacidade de analisar o certo e o errado a partir de um contexto completo e não apenas dentro de um foco ou ação que nos é apresentada como sendo ideal, boa ou sacrossanta.

Quando trazemos à tona nossas memórias afetivas estamos elaborando e compreendendo experiências carregas de afetos do nosso passado e que se depositaram, no fundo da alma, sendo dolorosas ou não fazem parte da edificação do nosso ser.

Por isso, como nossa proposta neste livro é analisar os sistemas econômico financeiro, político e religioso, vamos às questões considerando às memórias afetivas...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vitinho, nosso filho especial, completou 20 anos no ida 12 de Setembro

Victor Leonardo Martins da Silva: Um anjo que Deus nos enviou há vinte anos.


“É a minha ovelha mais sensível, não sei se é a que dá menos trabalho, mas certamente é a que me dá mais alegria”.

Gostaria de usar deste espaço para compartilhar com a Terceira Igreja e convidados vinte situações sobre o nosso Vitinho no ensejo dos seus 20 anos hoje:

1. Sua primeira crise convulsiva quando ainda bebê, quase morremos de susto.

2. Quando ele mordeu um copo de vidro, ficando com os cacos dentro da sua boca.

3. Tudo no Victor dá em dobro ou triplo. Quando pegou catapora, ficou tão coberto de feridas que não havia espaço em seu corpo para o tocarmos.

4. Em um pique nique de casais jovens, o deixamos por minutos sozinho. Ao voltar ao carro ele havia mordido um prato de vidro e o seu corpo ficou coberto por cacos.

5. Em outra ocasião Mariza passava roupas com ele por perto. De repente, ele puxou o ferro de passar roupas pra cima dele e o ferro ficou grudado em sua perna.

6. Certa feita ele estava sozinho com André que foi dar-lhe banho. Vitinho caiu no banheiro e bateu a cabeça na quina da pedra de mármore e sofreu um corte profundo na nuca. André chamou a pessoa certa para ajudá-lo. Quando os encontrei no hospital, Vitinho ria enquanto todos choravam no Pronto Socorro.

7. Outro momento difícil foi quando ele teve que fazer cirurgia para cortar os tendões dos dois pés, logo acima dos calcanhares, que estavam atrofiando. Ficou por 40 dias com duas botinhas de gesso.

8. Quando Vitinho pegou Dengue e ficou febril e molinho, só fomos descobrir o que era quando a doença já estava indo embora e os outros de casa estavam infectados.

9. Quando sofreu cirurgia de catarata medicamentosa no olho esquerdo e tivemos que lhe colocar talas nos braços para não alcançar os olhos. Foi um mês de muita dificuldade principalmente para dormir.

10. Certa vez, quando retornando da escolinha, sem prestar muito atenção seu tio bateu seu rosto na porta do carro e Vitinho sofreu um corte bem no canto do olho direito quase afetando sua visão.

11. Em outra ocasião Vitinho escorregou na própria sandália e caiu de um degrau junto com sua professora em sua escolinha e sofreu um corte entre o supercílio esquerdo e a têmpora. Deus colocou um enfermeiro “anjo” para atendê-lo. Felizmente, pois o médico já estava todo estressado. O enfermeiro aplicou-lhe “pontos de cirurgia plástica” não lhe permitindo mais dores. Logo, logo ficou bom.

12. Uma vez, Vitinho engatinhou até ao armário da cozinha, apanhou uma faca amolada e a segurou pelo corte e ficou brincando. Só Deus para ter dado sabedoria para Mariza tirar-lhe a faca sem acidentes, apenas susto.

13. Um dia, coloquei-o no carrinho e fui dar uma volta no quarteirão do bairro. Quando passávamos enfrente a uma casa com grades, eis que surge um pittbull estressado que latia e arranhava as grades do portão. Vitinho simplesmente ria do cachorro inocentemente como que a desdenhar e a ignorar tamanha ferocidade...

14. Vitinho dorme e acorda sorrindo todos os dias faça chuva, faça sol, esteja frio ou calor, seco ou molhado. Ao chamá-lo para tomar remédio, ergue a cabeça sem hesitação, abre a boca como se fosse tomar a coisa mais doce do mundo.

15. Exercita diariamente 100% aquilo que eu mais detesto fazer: esperar. Espera para comer, ara beber água, para dormir, para descansar, para trocar suas fraldas esteja sujinho ou molhado. Espera, espera, espera...

16. Desprovido de vaidades, veste o que lhe é colocado.

17. Assim como, come o que lhe é dado.

18. Esta é a terceira igreja que Vitinho nos acompanha. Nunca teve “classinha” especial para ele, pois sempre tivemos que nos preocupar com os outros. Nem por isso deixamos o ministério que nos fora proposto indo para outra igreja onde tenha “tudo pronto”. Todavia é quem mais me ensina sobre a dependência de Deus.

19. Victor tem bigode e cavanhaque. Mas nele, isto parece decoração. É a nossa criança grande.

20. Com os seus chocalhos (feitos de garrafas pet com grãos de arroz, milho ou feijão) Victor se contenta em acompanhar o ritmo que ouve e adora o louvor cantado da igreja, sendo que, por algumas vezes se emociona ao extremo.

Vitinho completa 20 anos hoje. Nunca fui poupado de trabalho ou de crítica na missão de cuidá-lo. Muito menos as coisas foram mais simples para nós no exercício desta missão. Mas agradeço a Deus pela confiança dEle em nós (minha família e eu) de cuidarmos dEle, até o dia que assim Lhe aprouver.

Seu pai, amigo e pastor Mauro Clementino.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Carta aberta ao povo batista sul-mato-grossense

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons. Martin Luther King Jr”.

prmauroclementino@hotmail.com

(67) 3342-3675 e 33426008 – Escritório (Office)



Carta aberta ao povo batista sul-mato-grossense:

Há pouco mais de um ano atrás fazia eu pesquisas que originou no livro “O Grito”. Tem todo um “porque” do nome deste livro. Lembro-me que na época fiquei estarrecido com as informações que via, lia e citada dos próprios meios de comunicação. Todavia ao olhar para o nosso povo angustiava-me vê-lo embriagado com o marqueting governamental, mesmo o povo evangélico que sempre se destacou por ter um olhar mais analítico de toda a situação.

Mas Deus concedeu-me a bênção de escrever e publicar “O Grito”, dois meses após ter lançado “Memórias de um Oficial”. Sabia que estava remando contra a maré. Cheguei mesmo a ouvir coisas tipo: “- Para que escrever livros? Ninguém lê mesmo?” “Pastor, não entre em política, vai esvaziar a igreja...” “Ah, o senhor quer ser candidato, não é mesmo?” Felizmente não me permiti intimidar por nenhuma delas.

Trago “O Grito” como uma proposta reflexiva diante de tudo que estamos vendo, ouvindo e vivendo em nosso país. O Grito é uma Analogia, trata das anomalias e das patologias sociais, principalmente na economia e na política do nosso país.

Todavia, diante do decreto presidencial que institui o PNDH3 (Programa Nacional de Direitos Humanos 3), considerado pelo atual governo “como opção definitiva pelo fortalecimento da democracia”, e que irá ser colocado em prática pelo próximo governo precisamos tomar uma postura urgente diante das eleições que se aproximam. Entre outras, neste programa contem a legalização do aborto e o do homossexualismo. Tudo isto com o pretexto de “respeito à diversidade e combate às desigualdades”.

É tempo de dizer não. Vote contra o PT, simplesmente por ser o único partido que fechou questão sobre o assunto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Encontro no Aprisco

De 05 a 07 de Novembro próximo realizaremos nosso XXII Encontro para Casais no Aprisco, o lugar que Deus nos presenteou. Pela primeira vez contaremos com a presença de 60 casais. Imagine a festa! Agora, é só trabalho. Mas estamos muito felizes pelo que podemos antever de tantas bênçãos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Convite

Amanhã é feriado do dia 07 de Setembro. Sugestão: Vamos comer um churrasquinho lá no Aprisco? Leve uma carninha, roupa de banho e nos veremos por lá.

sábado, 4 de setembro de 2010

Falecimento

Sinto informar o falecimento da irmã Jadir Chaves Brito, ocorrido nesta madrugada enquanto dormia. O corpo está sendo velado no templo da Terceira Igreja Batista em Campo Grande-MS.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Reflexão

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons. Martin Luther Kink Jr.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Totó é o retrato do brasileiro

Personagem vivido por Tony Ramos, Totó, um brasileiro que foi muito criança ainda para a Itália, volta ao Brasil casado com uma mulher brasileira, dissimulada o mais profundo grau, que havia aprontado todas, inclusive o golpe contra o próprio Totó. Quando a Clara confessa parcialmente o que havia feito, e por força das circunstâncias, para horror de todos, Totó disse que não iria mudar nada seu relacionamento, pois estava profundamente apaixonado por ela.

Assim, e causando constrangimentos desde que todos souberam que ele agora sabia da verdade (pelo menos boa parte dela) Totó leva sua bandida para um jantar na casa de sua própria mãe (que havia sido vítima da mesma) e para sua própria irmã Gema, que de fato o criara. Gema tem uma explosão quando toma ciência do fato de que Totó confirma as desconfianças dela sobre sua esposa, mas que continuaria ao seu lado, pois estava apaixonado.

A trama não poderia ser melhor atrelando dois povos (italianos e brasileiros) movidos quase que exclusivamente por sentimento: paixão. É muito complicado isso. E muito perigoso também.

A pior fase para alguém se casar é quando se está apaixonado (a). Não se percebe nada, não se enxerga nada, não se tem a realidade dos fatos. O pior é que, na mesma proporção que a realidade nos força a convivência, na mesma proporção a paixão é testada, e seu doce começa a se diluir diante da dura realidade da verdade. Usando mecanismos de defesa, muitos preferem se iludir e não encarar a realidade dos fatos. Mentem para si mesmos o resto de suas vidas.

Mas a paixão ocorre também no futebol e na política. Em todos os casos, a paixão cega, ilude, embaça qualquer ser humano normal. Estamos vivendo isso na política. E a mão e a luva se casam exatamente pelo fato dos apelos feito aos brasileiros é sempre muito bem trabalho na direção dos seus sentimentos. Sem falar no apelo emocional de alguém pobre que deu certo (o que é falado muito escancaradamente além das infinitas mensagens subliminares), é muito mais fácil todo e qualquer brasileiro se equiparar com a pobreza do que o contrário.

Nestes 28 anos de pastorado, entre tantas histórias vividas, trago aqui apenas duas para sua reflexão: Tinha recém começado meu pastorado quando dois jovens, de fato, eram adolescentes (ele 18, ela 16) me procuraram falando em casamento, pois estavam profundamente apaixonados. Disse-lhes que exatamente por isso era melhor que eles esperassem um pouco para colocarem os pés no chão. Eles não gostaram da orientação pastoral e isto ficou bem visível. Não falamos mais sobre o assunto, nem os procurei para tecer qualquer outro comentário. Algum tempo depois eles terminaram aquele relacionamento e hoje cada um deles está casado com outra pessoa e estão muito felizes...

Tinha uma família na igreja por quem eu nutria um carinho especial justamente pela situação que vivia do abandono do pai. Um dia, do nada, apareceu um rapaz de São Paulo. De um dia para o outro já começaram a namorar e a falar em casamento. A mãe me procurou muito preocupada. Chamei a moça para conversarmos. Não teve quem a convencesse que deveria esperar um pouco, pois ninguém conhecia nada daquele rapaz a não ser que veio do Estado de São Paulo. A mãe, eu e um pequeno grupo entramos em oração para que aquilo não acontecesse. Quanto mais nos conscientizávamos que aquilo não devia acontecer, mais a moça dizia que estava apaixonada e que iria casar quer a mãe quisesse ou não. Resultado: viajaram para se casar em outra cidade, longe de tudo e de todos. O casamento não durou 45 dias e logo aparece a moça com uma mala na mão e com o semblante caído, pois o “príncipe” que aparecera em sua vida e que causara tanta paixão, de fato era um sapo.

Por isso, à medida que as eleições se aproximam é preciso raciocínio, muito raciocínio. Menos, bem menos paixão. Muita pesquisa, muita análise, comparação. A história está bem aí na sua frente. Se desejar conhecê-la ela irá te apresentar a outra grande amiga, a verdade. Aí então, não dissimule, aceite-a.

Pr. Mauro Clementino.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Qual é a sua luta?

A Guerra do Iraque também referida como Ocupação do Iraque ou Segunda Guerra do Golfo, ou Terceira Guerra do Golfo ou ainda como Operação Liberdade do Iraque, foi um conflito que começou a 20 de Março de 2003 com a invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos e encerrou a 18 de Agosto de 2010.É um conflito em curso que começou a 20 de Março de 2003 com a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos.

A principal justificação para a guerra oferecida pelo presidente norte-americano George W. Bush, pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, e os seus apoiantes foi de que o Iraque estava a desenvolver armas de destruição maciça. Esta arma argumentava-se, ameaçavam os Estados Unidos, os seus aliados e os seus interesses. No discurso do estado da União de 2003, Bush defendeu que os Estados Unidos não poderiam esperar até que a ameaça do líder iraquiano Saddam Hussein se tornasse eminente. Após a invasão, no entanto não foi encontrada nenhuma prova da existência de tais armas. Para justificar a guerra, alguns responsáveis norte-americanos referiram também que havia indicações de que existia uma ligação entre Saddam Hussein e a Al-Qaeda. Apesar disso não foram encontradas provas de nenhuma ligação substancial à Al-Qaeda.

A guerra começou a 20 de Março de 2003, quando forças largamente americana e britânica, apoiadas por pequenos contingentes da Austrália, da Dinamarca e da Polônia invadiram o Iraque. A invasão levou pouco tempo até a derrota e a fuga de Saddam Hussein. A coligação liderada pelos Estados Unidos ocupou o Iraque e tentou estabelecer um governo democrático; no entanto falhou na tentativa de restaurar a ordem no Iraque.

A instabilidade levou a um conflito assimétrico com a insurgência iraquiana, guerra civil entre muitos iraquianos sunitas e xiitas e as operações da Al-Qaeda no Iraque. Como resultado do seu fracasso em restaurar a ordem, um número crescente de países retirou as suas tropas do Iraque.

A partir do dia 18 de agosto as tropas norte-americanas começaram a se retirar do Iraque. Do dia 20 de Março de 2003 até o dia 18 de agosto de 2010, além dos trilhões de dólares gastos na manutenção desta guerra inútil e que ajudou os Estados Unidos na falácia financeira de 2008; mais de cem mil civis iraquianos e mais de quatro mil militares norte-americanos mortos. Os norte-americanos se retiram do solo iraquiano sem poderem dizer que tiveram a vitória. Esta ridícula guerra também trouxe outros resultados: Principais conseqüências: 1. Desestabilização do poder da região, alterando perigosamente o equilíbrio; 2. Exploração do segundo maior depósito de petróleo passa de mãos iraquianas para mãos de empresas inglesas, espanholas, italianas e norte-americanas. Perspectivas de solução: 1. Arábia saudita assume o controle da região e inicia uma longa política de estabilização (mais plausível em curto prazo... mas depende da Arábia Saudita querer assumir este papel. Isto daria um maior poder árabe na área o que, de novo traria um desequilíbrio militar naquilo que já é instável demais para qualquer mortal...; 2. Irã assume a região através do controle dos xiitas. Ninguém merece... (João do Apocalipse deve ter errado seu número de bestas...); 3. Curdos assumem o controle da região e propicia um novo genocídio sunita e xiita. 4. Americanos permanecem em seu Vietnam por mais 20 anos enquanto forma um novo líder, provável conseqüência semelhante a da Korea. Mas... nem o atual presidente quer isso, nem eles (norte-americanos) sem mais sustentação política mundial para isso, nem financeira, bem como o mundo inteiro não aceita mais este postura imperial. Então, gastaram-se trilhões de dólares; desperdiçou-se quase oito anos; morreram milhares de pessoas; o mundo entrou em um colapso... para que tudo isso?

Presidente Bush gastou todo seu governo, esforços, energias, influências nesta guerra. Saiu do governo odiado, desprezado, fracassado e ainda permitiu seu país ir à bancarrota financeira de tanto insuflado e ocupado só com este assunto. Foram oito anos de um governo que nem os norte-americanos nem o mundo inteiro querem nem lembrar...

E você? Qual é a sua luta? Será que ela vale à pena?

Pr. Mauro Clementino.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Resultado da reunião do dia 18.08 - Grifater

Com a presença de 43 casais, foi decidido tocar em frente as obras do Dormitorio Feminino no Aprisco e realizarmos lá o XXII Encontro do Grifater.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Reunião

Amanhã, terça-feira, 19h30min, reunião com todos os integrantes do Ministério de Famílias da Terceira Igreja. Assunto: Realização do XXII Encontro de Casais.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O processo de seleção de Deus: as dificuldades

Pensei muito em como começar meu contato com você inaugurando meu blog. E já comecei o dia com este tema na cabeça.
Creio que Drummond estava absolutamente certo quando disse “As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter”. Carlos Drummond de Andrade.
Só para começar, veja alguns exemplos bíblicos:
1. Você sabe que 1.600.000 pessoas saíram do Egito... mas apenas dois entraram em Canaã. Só que entre estes dois números Deus gastou 40 anos em testes de convivência para obter dois aprovados.
2. Quantos eram os habitantes da terra na época de Noé? Tudo bem... naquela época não tínhamos ainda o IBGE. Mas certamente que havia muitas pessoas... mas com o evento do dilúvio, apenas oito pessoas foram escolhidas para participaram do recomeço da humanidade.
3. Eram 32.000 homens disponíveis em Israel para lutar ao lado de Gideão... mas apenas quatrocentos homens foram aprovados para irem à luta.
4. Eram 318 pessoas o número de pessoas que eram abençoados por causa da vida de um único homem – Abraão.
5. Eram 276 homens no navio que saiu de Jerusalém para Roma e todos foram salvos por causa de um único homem - Paulo.
Tenho visto na prática que quando está tudo fácil e a “maré mansa”, aparecem os oportunistas, os caçadores de bênção e vida fácil. Vêm à espera do pão já multiplicado, do maná já caído ou da nuvem simplesmente para não se torrarem em seus desertos... Mas é só a dificuldade chegar...se mandam!
Por isso, aprenda:
"A dificuldade é um severo instrutor." (Edmund Burke)
"As dificuldades, como as montanhas, aplainam-se quando avançamos por elas." (Émile Zola)
"Os homens só consideram útil o que oferece dificuldade. A facilidade enche-os de suspeitas." (Michel de Montaigne)
"No meio de toda dificuldade encontra-se a oportunidade." (Albert Einstein)
"As dificuldades crescem à medida que nos aproximamos do nosso objetivo." (Goethe)
"Dificuldades reais podem ser resolvidas; apenas as imaginárias são insuperáveis." (Theodore N. Vail)
"A dificuldade na vida é tomarmos a sério a mesma coisa durante tempo de mais." (André Gide)
"Se tens dificuldade em cumprir um intento, não penses logo que seja impossível para o homem; pensa quanto é possível e natural para ele, e que também pode ser alcançado por ti." (Marco Aurélio)
"Quanto maiores são as dificuldades a vencer, maior será a satisfação." (Cícero)
"Com amor inquebrantável e propósito definido toda dificuldade se vence e todo obstáculo se transpõe." (Orison Swett Marden)
"A dificuldade atrai o homem de caráter, porque é abraçando-a que ele se realiza." (Charles de Gaulle)
"Tudo na vida é difícil, desde que a compreensão e a boa vontade não sejam utilizadas." (François Rabelais)
"Os que pretendem reformar o mundo se esquecem da dificuldade que há em retocar com acerto um quadro antigo." (Théophile Gautier)
"Enfrente algo que é difícil; isso te fará bem. A menos que você tente fazer algo além do que você já domina, você nunca crescerá." (Ronald E. Osborn)
"Um pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade; um otimista vê uma oportunidade em cada dificuldade." (Winston Churchill)
"As dificuldades devem ser usadas para crescer, não para desencorajar. O espírito humano cresce mais forte no conflito." (William Ellery Channing)
"Um homem de espírito não pode nem pensar que existe a palavra dificuldade." (Georg Christoph Lichtenberg)
"É das dificuldades que nascem os milagres." (Jean de La Bruyère)
"Divide as dificuldades que tenhas de examinar em tantas partes quantas for possível, para uma melhor solução." (René Descartes)
"Nada é difícil se for dividido em pequenas partes." (Henry Ford)
"Tudo, antes de ser fácil, é difícil." (Thomas Fuller)
"As dificuldades são destinadas a excitar, não desencorajar. O espírito humano cresce forte pelo conflito." (William Ellery Channing)
"Nada é tão difícil que, à força de tentativas, não tenha resolução." (Terêncio)
"Quanto maior a dificuldade, tanto maior o mérito em superá-la." (H. W. Beecher)
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. (Charles Chaplin)
Agradeço a colaboração de EDILSON RAMOS:
1 – TENHA A CONVICÇÃO DE QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE DE TUDO;
2- NÃO TENHA MEDO DE SITUAÇÕES NOVAS;
3 – TIRE PROVEITO DAS DIFICULDADES;
4 – NÃO ESCUTE PALAVRAS DE DESÂNIMO E DÚVIDA;
5 – LEMBRE-SE DE QUE VOCE PRÓPRIO É UMA SOLUÇÃO;
6 – ESTEJA SE FORTALECENDO INTERIORMENTE CADA MANHÃ;
7 – AGRADEÇA A DEUS PELA OPORTUNIDADE DE LUTAR E VENCER.
“A NOSSA VISÃO DA VIDA DETERMINARÁ O NOSSO SUCESSO OU FRACASSO. SEJA ENTÃO DOS QUE ACREDITAM, SE ESFORÇAM E VENCEM POIS DEUS GOSTA DOS QUE NÃO RECUAM.”
Diga a você mesmo: “Nada Impedirá Meu Sorriso”
Nem a tristeza, nem a desilusão
Nem a incerteza, nem a solidão
NADA ME IMPEDIRÁ DE SORRIR.
Nem o medo, nem a depressão,Por mais que sofra meu coração,
NADA ME IMPEDIRÁ DE SONHAR.
Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
NADA ME IMPEDIRÁ DE VIVER.
Em meio as trevas, entre os espinhos,
Nas tempestades e nos descaminhos,
NADA ME IMPEDIRÁ DE CRER EM DEUS.
Mesmo errando e aprendendo,
Tudo me será favorável,
Para que eu possa sempre evoluir
Preservar, servir, cantar,
Agradecer, perdoar, recomeçar…
QUERO VIVER O DIA DE HOJE
COMO SE FOSSE O PRIMEIRO,
COMO SE FOSSE O ÚLTIMO,
COMO SE FOSSE O ÚNICO.
Quero viver o momento de agora
Como se ainda fosse cedo,
Como se nunca fosse tarde.
Quero manter o otimismo,
Conservar o equilíbrio,
Fortalecer a minha esperança,
Recompor minhas energias,
Para prosperar na minha missão
E viver alegre todos os dias.
Quero caminhar na certeza de chegar,
Quero lutar na certeza de vencer,
Quero buscar na certeza de alcançar,
Quero saber esperar
Para poder realizar os ideais do meu ser.
ENFIM,
Quero dar o máximo de mim, para viver intensamente!Parece que a bola só vem quadrada para você? Lembre-se: Está difícil? Pode ser que você seja a exceção de Deus neste momento no mundo.

Gol Contra

Gen 13 e 19.

Ló estava fazendo parte de um time vencedor, o time to seu tio Abraão. O time de Abraão poderia ser chamado de “Dream Team”. Era sem dúvidas o time dos sonhos. Ganhava todos os jogos: ganhou com os cananeus, com os egípcios, ganhou no time da fé, dos altares, dos sacrifícios, do culto. Ganhou também na prosperidade. Abraão só ganhava. Certamente que Ló acompanhou seu tio em todos esses jogos e viu bem de perto como ser um vencedor. Todavia, na prática, Ló tornou-se conhecido como o jogador do “Gol contra”.

a) O primeiro gol contra de Ló foi a decisão de se separar do seu tio. Sua desculpa foi a briga entre os pastores de gado, dos empregados que já não estava trabalhando em harmonia. Na realidade Ló usa de um pretexto para justificar sua decisão de se separar de Abraão. Decisão errada.

b) O segundo gol contra. Decisão pelo material. Muitos pais estão escolhendo hoje para seus filhos tudo o que é meramente material, e acham que isso é tudo. Ló deve ter pensando que, multiplicando ainda mais suas riquezas, deixaria uma boa herança para suas filhas. Mas não foi isso que aconteceu.

c) O terceiro gol contra está na forma de escolher. Quando decidiu se separar, Ló escolhe as Campinas do Jordão porque lhe pareceu o melhor lugar, mais bonito. Seu gado poderia se alimentar melhor.

d) O quarto gol contra foi sua separação dos altares do seu tio. Conseqüentemente separação de Deus. Quando Ló se separa de Abraão, não se fala mais em seu nome a não ser de sua diluição e miséria. Ao se aproximar de Sodoma, Ló se torna tal e qual os moradores daquela cidade.

e) O quinto gol contra foi não cultivar a cultura espiritual herdada por seu tio. Gen.13:13. Eram maus os varões de Sodoma e grande pecadores contra o Senhor Deus.

f) O sexto gol contra, foi sua absorção dos valores de Sodoma. Os habitantes de Sodoma eram pessoas depravadas, e Ló levou sua família para um lugar assim, permitindo a contaminação de sua mulher e suas filhas.

g) O sétimo gol contra – perdeu a sensibilidade entre limites e fronteiras. Ló se contaminou tanto pelos habitantes de Sodoma que, de repente não tinha mais sensibilidade nem discernimento. Imagine você morar em determinado lugar onde você não pode receber visita, seja homem ou mulher, porque logo os seus vizinhos vão invadir sua casa para ter relações sexuais com eles.

h) O oitavo gol contra – Ló perdeu o respeito dos seus próprios genros que riam de sua cara. Gen.19:14.

i) O nono gol contra – Gen. 19:22 – Ló estava vivendo uma letargia tão profunda, que, nem mesmo os anjos que Deus enviara para ajuda-lo conseguiam convence-lo da podridão onde ele se encontrava. Ló se demorava no chiqueiro onde se encontrava e não tinha pressa de livrar-se do lamaceiro.

j) O décimo gol contra – Gen. 19:26 – Sua mulher não tinha muito interesse em acompanha-lo. Tinha saudade de seus maus hábitos e de seus vizinhos, antes mesmo de deixar a cidade. Deus a transformou em uma estátua de sal. Perdeu sua própria mulher.

k) O décimo primeiro gol contra, Gen. 19:30 – Ló se achava agora em uma caverna com suas filhas. Obviamente que devido a péssima influência que haviam aprendido em Sodoma, elas embebam o pai e se engravidam dele. Um abismo chama outro abismo.

l) O décimo segundo gol contra de Ló. Gen. 19:38 – Herança maldita. Ló deixou uma descendência de brigões e gente que gosta da guerra e que até hoje causam confusão e morte.



1. Quando você não está sendo o que deveria ser. Está se contentando em ser medíocre;

2. Quando você sabe o que pode ser feito e não faz nada para melhorar;

3. Quando você tem consciência do que poderia contribuir, acrescentar e não contribui, não acrescenta, só diminui, quando não, divide;

4. Quando você simplesmente deixa o barco descer rio abaixo porque é conveniente;

5. Quando você é complacente com tudo e com todos;

6. Quando você é simplesmente contra por ser contra, sem ter nada a oferecer;

7. Quando você se alimenta de lixo e produz miséria, quando tem uma mesa farta sendo oferecida para você produzir vida;

8. Quando você não corre atrás, não pesquisa, não busca;

9. Quando você não corre atrás e fica apenas esperando acontecer;

10. Quando você não exerce seu papel de forma plena.

LEMBRE-SE QUE: SÓ QUEM VIBRA COM GOL CONTRA É O ADVERSÁRIO.

Infantilidade verde-amarela: Entre heróis e bandidos.

Como já me expressei aqui várias vezes, mais decepcionante que a derrota para a Holanda, foi ver a seqüência de verborréias e atos tão hilários que preferi ironizá-los para poder suportá-los. Foi horrível ver a maneira como a derrota brasileira naquele jogo em específico foi encarada. Onde está nossa esportividade? Se esperamos que o Brasil tivesse que ganhar todas, é melhor comprar uma bola e um troféu para cada brasileiro devidamente acompanhados de sessões de terapia, porque certamente isto não é normal.

Também vi com muita dor, muitos milhares, diria até, milhões de brasileiros tirando as bandeirinhas dos carros e as camisas e jogando-os fora como se fossem material desprezível. Primeiro, o Brasil é muito mais que um jogo e mesmo que uma Copa do Mundo. Depois, a Copa ainda não terminou ainda. Que falta de espírito esportivo!

Ouvi, ouvi e ouvi críticas sobre o emocional de Dunga e dos seus jogadores... Interessante que não vi nenhuma autoridade brasileira trabalhando bem o assunto: A mídia brasileira (principalmente via TV, e mais principalmente ainda a sra. Rede Globo e seus famigerados jornalistas) e principal responsável por toda essa empolgação e parafernália foi a que mais pisou na bola nesse campo. Não ouvi nenhuma autoridade brasileira trabalhando nossa brasilidade que é muito maior que um jogo de futebol.

Fiquei muito, mas muito triste quando assistia a chegada de Dunga em Porto Alegre e dizia que em semanas estaria conversando com o Presidente da CBF sobre seu futuro, e naquele exato momento a própria CBF o demitia “pela internet”, sem o menor escrúpulo, respeito ou consideração.

Que diferença da chegada da seleção brasileira no Brasil, comparada a da Argentina em Buenos Aires, a da Inglaterra e a de Gana então? Falando dos nossos “hermanos”, vi em vários tamanhos, cores e imagens mais de 20 mil argentinos esperando por sua seleção de volta à sua pátria. Uma seleção que foi goleada pela Alemanha, mas não deixou de ser amada, querida, respeitada por isso.

Num país onde as pessoas trocam de igreja só porque as mesmas não fazem tudo o que elas querem ou porque os pastores não permitem seus cabrestos; onde da mesma maneira, as pessoas mudam de igreja quando não “encontram um deus tão manipulável como gostariam” ou que “não faz aquilo que tanto querem”, e vão procurar outro palco ou se esconderem em meio ao desconhecido, ou procuram um lugar “onde usam pouco a cabeça, nada de razão e muito de emoção doentia” sim porque é mais simples culpar Deus por tudo e não ter responsabilidade com nada.

Famílias que estão ficando acostumadas a jogar seus filhos pelas janelas, em sacos de lixo, matar um membro da própria família porque vai atrapalhar seus planos futuros. Abandonar a família porque não mais satisfaz seus desejos e fantasias egoístas.

Num país onde bandidos são candidatos e eleitos (e é preciso ter uma lei para barrá-los, daí a lei “ficha limpa” – e mesmo assim já cheia de exceções) e se tornam heróis, não é de se admirar que as pessoas de bem se tornem bandidas simplesmente porque não conseguiram atingir as expectativas daqueles que, por falta de um objetivo maior ou de uma perspectiva de vida mais abrangente, vivem orbitando entre heróis (quando preenchem seus desejos) e bandidos (quando frustram suas expectativas). Onde “Democracia” resumiu-se em “quando eu mando e você obedece”, e “ditadura” é “quando você manda e eu tenho que obedecer”.... O Brasil é muito mais que um jogo de futebol e muito maior que uma Copa do Mundo.

Falando em Democracia, não ouço ninguém discutindo, por exemplo, porque o esporte mais democrático do país é liderado por mãos de ferro do senhor Ricardo Teixeira por mais de 22 anos de forma direta como presidente da CBF e de forma indireta quando na sombra do ex-sogro João Havelange. E os brasileiros acham tudo isso normal! Que diferença!

Todas as seleções de futebol do mundo inteiro se preparam para renovar seus jogadores, contratar novos técnicos, treinar para a Copa de 2014. Isto não é mérito nem demérito só do Brasil. No final, teremos 32 seleções classificadas para aquele grande torneio mundial. De novo, a Copa terá apenas uma seleção vencedora. Espero que nenhum brasileiro esteja pensando que “só se joga futebol no Brasil e que não temos nenhum adversário à altura de nós”. Isto é “paranóia maradoniana”. Então, agora perdemos e corremos para nos esconder em casa e nem assim tivemos abrigo. E em 2014, para onde iremos correr? Para a Bolívia? Ah, a Venezuela? Possivelmente para o Irã! (o caminho está ficando batido). Ou vamos ficar fazendo caras e bocas diante dos nossos convidados? Ou brigando e discutindo diante das câmeras de TV do mundo inteiro procurando o próximo culpado... Talvez tenhamos que repensar a poesia do sábio poeta Chico: “Joga pedra da Geni... Ela foi feita pra apanhar, ela foi feita pra cuspir.... maldita Geni”.

Rev. Mauro Clementino.