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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Chupim e o Anum Branco... e o parasitismo social brasileiro.

Para quem não conhece de pássaros, o Chupim é preto que chega a refletir um tom azulado graxoso ao sol. E o Anum Branco cinza claro, como o próprio nome diz, é quase branco... Ouvi outro dia a história de um pássaro chamado Chupim. O Chupim é um pássaro insetívoro, e que nunca choca seus próprios ovos. Ele busca e acha ninhos de outras aves, muitas vezes muito menores que ele próprio, despeja ou come os ovos que acha lá e coloca lá um único ovo seu. Quando os pássaros chocam e nasce o passarão, alimentam-no como se fosse descendência própria. Trabalham incessantemente para alimentar um pássaro tão grande e tão esfomeado, à custa de grandes esforços e de sacrifícios dispendiosos...


O chupim é capaz de parasitismo social.Criar um filhote de Chupim em seu ninho representa um enorme prejuízo para os pais, uma vez que ao nascer, o Chupim lança todos os ovos e eventuais filhotes que já tenham nascido para fora do ninho, garantindo mordomia exclusiva. Para os "pais", a regra é simples, o que está dentro do ninho é meu e o que está fora não. Um grande prejuízo para o parasitado e uma grande vantagem para o parasita, mais uma vez terreno fértil para a corrida da vida.

Interessante que, exatamente quando escrevia esta história, ela aconteceu em nossa propriedade e também no quintal da casa da nossa secretária. Em frente à nossa propriedade, temos seis quiosques. Antes eram de maneira, mas foram refeitos e ampliados. As pilastras acompanham a mesma arquitetura do prédio e foram construídas com tijolinhos à vista. No lugar da madeira para suporte das telhas foram usadas treliças de metal. Mesmo assim, vários pássaros decidiram fazer seus ninhos usando este espaço. Pois bem, um casal de anum branco procurou um lugar bem estratégico e também fez o seu ninho na entrada, próximo ao portão principal.

Um dia ao chegar, reparei que havia cascas de ovos no chão. Pensei com meus botões: - Pobre passarinho, nem bem estreou o ninho, já perdeu seus ovos... Passaram-se os dias e esqueci-me do incidente.

Semanas depois, algo no mínimo irônico aconteceu. E todos nós que estávamos na secretaria rimos muito, muito mesmo. Saltitando e dando pequenos vôos para cá e para lá estavam a mãe e o pai anum e o filhote mais esquisito da paróquia: um chupim. Por mais que os pais se esmerassem em buscar pequenos insetos, enfim, em encher-lhe o bico de comida, o filhote impostor, além de ser ingrato e muito mal educado, era totalmente insatisfeito. Por várias vezes o vi bicando a cara da mãe demonstrando insatisfação no alimento dado. Por muitos dias escutamos os sons diferentes dos pais e do filho mais esquisito do mundo em nosso jardim.

O mais interessante disto tudo é que, os pais chupins não apareceram. Tão sutis quanto foram em derrubar os ovos dos anuns, em botar seus ovos no lugar dos outros verdadeiros, desta vez foram além da sutileza, tornaram-se invisíveis. Enquanto isso, o casal de anum branco trabalhava incansavelmente para cuidar do filhote chopim irrequieto, insatisfeito, incomodado e insuportável. É incrível você ver a inquietação dos anuns em tentar satisfazer esta criaturinha esquisita. Quem tem ouvidos ouça...

Pr. Mauro Clementino.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Fazendo a Diferença: Na vida podemos ser escultor ou escultura.

Fazendo a Diferença: Na vida podemos ser escultor ou escultura.

Fazer a diferença é dar aquela contribuição única, no momento certo, que gera os resultados esperados.

Em uma reunião de negociação, as pessoas caminham para um impasse. As condições oferecidas pelos compradores são inaceitáveis pelos vendedores, que vão perder dinheiro no curto prazo. Naquele momento, você apresenta um argumento que compensa a pequena perda imediata, com ganhos substanciais no médio prazo. Fica claro que aquela é a melhor solução para todos. A negociação entra num estágio de "ganha – ganha" e logo o contrato está assinado. Naquele momento, sua iniciativa e visão ampliada fizeram a diferença.

Num trabalho comunitário, por exemplo, servindo refeições, a fila está enorme, as pessoas estão reclamando, os que servem estão desorganizados e perdidos. Aí entra você e com poucas palavras e muita competência, encoraja os colaboradores e rapidamente organiza tudo, acabando com as filas e garantindo que cada um tenha sua refeição. Você causou encantamento. Naquele momento, só você tinha a competência para resolver aquela situação. Uma ação era necessária e você não se omitiu. Você disse as palavras de estímulo que incentivaram cada um a dar o melhor de si. Você orientou sobre quem faz o que e em que seqüência. Naquele momento você fez a diferença.

Quem não faz diferença passa despercebido, talvez não atrapalhe, mas com certeza não contribui. Quem não faz diferença é apenas um rosto oculto e enevoado no meio de uma multidão de desconhecidos.

No dia 04 de Outubro, dei uma olhada nos principais jornais do Brasil e do mundo. Estava deveras curioso sobre o que estavam dizendo sobre o resultado das eleições no Brasil. A uma só voz tanto a mídia brasileira quanto a internacional dizia: “Os cristãos evangélicos fizeram a diferença e levaram as eleições para o segundo turno”. Arrepiei-me da cabeça aos pés, muita embora estivesse esperando ansiosamente por isso.

Ontem, dia 07/10, ao ouvir o programa “Bom dia Brasil”, ouvi o candidato a vice-presidente, senhor Michel Temer, dizer textualmente as seguintes palavras: “A presidência é nossa, é nossa e vamos conquistá-la a qualquer custo. A Dilma fará a fachada (com o público) e nós faremos os bastidores. O que está em jogo é muito mais que partidos, é o poder pela direção do Brasil” O seu olhar era frio e profundo. Eu entendi muito bem o que ele quis dizer, principalmente no reio espiritual.

Você viu que imediatamente após as eleições a candidata a presidente já falou em visitar templos, e isso e aquilo. Não me admiro se ela aparecer sendo batizada, tomando ceia ou dando “tristemunhos” pelo Brasil afora. Estamos em plena era do vale tudo. Mais um motivo para mantermos nossa posição.

Tudo começou com um pronunciamento do Pastor Paschoal Piragini, na PIB de Curitiba-PR. Conheço pessoalmente o Pastor Paschoal, de sua índole e postura incontestáveis, e sei que ele sabia muito bem do que estava falando. A propósito, todos os 18 (dezoito) pastores da PIB de Curitiba receberam e leram “O Grito”. Colocando-me ombro a ombro com Pastor Paschoal, tomei postura semelhante aqui na Terceira Igreja também.

Paralelamente à minha postura final, eu já vinha fazendo a minha parte como profeta cidadão. Doei 300 (trezentos) livros para pequenos e médios empresários, 300 (trezentos) livros para os pastores batistas de todo o estado de Mato Grosso do Sul; e mais 160 (cento e sessenta) livros para estudantes de Medicina. E vou fazer ainda muito mais. E não é só no campo da informação e da influência que estou batalhando não. No campo espiritual, minha espada não cessa de guerrear dia e noite contra as hostes da maldade que não querem nosso país livre.

No primeiro turno mostramos que nossa voz e postura fizeram diferença mesmo. No segundo turno, reafirmaremos que não estamos aqui para brincadeira e nem para nos deixarmos enganar. Mudar de postura agora só para conquistar o nosso voto não é apenas um oportunismo eleitoreiro. É deficiência de caráter mesmo.

Em tempo: Não sei se você sabe, ma o clip do pastor Paschoal que foi visto e analisado por quase três milhões de pessoas foi censurado. Veja o que você lê ao tentar acessar o vídeo: “Segundo a sinalização da comunidade de usuários do YouTube, este vídeo ou grupo pode ter conteúdo impróprio para alguns usuários. Para visualizar este vídeo ou grupo, faça login ou inscreva-se para confirmar que você tem 18 anos ou mais”. Veja você, se ainda estamos na luta pelo segundo turno e a coisa já está assim, imagine depois?



Pr. Mauro Clementino.